quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O Colecionador




Nas terras frias do norte, existiu um homem estranho.
Sua obsessão era colecionar. Coisas estranhas, naturalmente.
Era extremamente sexual, extremamente sedutor. Um belo negro de olhos diabolicamente inocentes e voz ressonante.
Sua presença causava a Lasciva e a Luxúria!
Seu poder invisível, como uma mão experiente, massageava os paus sebosos e suados tão delicadamente que deixava os machos em transe; sua presença causava arrepios nos corpos suaves das mulheres, como uma exímia linguada em sua genitália, extraindo-lhes orgasmos tais que as deixava imersas num frênesi descontrolado.
Para o nosso Negro, as mulheres nada mais eram do que brinquedos! Brinquedos baratos, que divertem, porém, por tempo limitado.
A sua atenção, disso não havia dúvidas, era direcionada para os homens.
Curiosamente, ele fazia separação entre os mesmos: havia a coleção branca e a coleção negra.
O homem negro era digno do melhor sexo, do inesquecível.
Ao lembrar-se do Negro, o negro afirmava com uma certa tristeza: "jamais amei tão puramente!"
Enxergava o homem branco como uma merda!
Execrava tudo que vinha do branco; isto é, o cheiro, o toque, a respiração. Mas, movido pelo impulso de colecionador, suportava todo aquele fedor.
Por vezes, punha-se à beira da estrada, no meio da noite, e aguardava pacientemente.
E lá via um. Um sorriso zombeteiro, via-se em seus lábios e poucas palavras faziam-se necessárias. Os demônios do sexo sedavam a presa do grande Negro.
Tudo obedecia ao ritual da carne.
Um som de "uhuh" e "ah, ai..."
O Negro metia com uma fúria desenfreada naquela bunda branca, naquele cu rosado.
O branquelo não resistia
Uma mistura de sal, de sangue, de merda, gemidos, mordidas e...PORRA!
Muita porra!
Porra branca, grossa, quente como o só o inferno pode ser.
O branquelo não resistia pois tinha a certeza de que sua vida era-lhe arrancada a cada estocada.
O Negro era um colecionador de almas!

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