sábado, 15 de outubro de 2011
Tenho sede.
Chegou em casa espumando de raiva.
Puto!
Seu cachorro veio, feliz, de 4 a lhe receber, para tirar os seus sapatos sujos, mas foi recebido com porradas, com chutes na barriga e socos na cara.
Claro que sentia, a cada golpe, um dor lancinante e não entendia o motivo daquela atitude do seu Dono. Porém, jamais ousaria reclamar ou protestar.
A tudo suportava, submisso e quieto.
Lágrimas rolavam de seus olhos castanhos, mas a sua boca permanecia trancada.
Sempre foi assim. Desde sempre sabia de dua missão nessa Terra: ser um merda, porra nenhuma.
E quando terminava de apanhar, só sabia agradecer ao seu Dono por isso.
O Dono, após sua sessão de pontapés e murros, arrancava de seu pescoço a gravata e a amarrava ao pescoço do seu cachorro; levava-o para matar a sede no box do banheiro. Lá, tirava o seu membro de suas calças e o enfiava na garganta do seu cão.
E mijava copiosamente.
O seu bichinho de estimação se esforçava para não desperdiçar uma gota sequer, pois valorizava tudo que provinha do seu Macho. Tinha dias em que não se permitia tomar água, ou suco, porque só mataria a sua sede com o mijo farto do seu Dono. E, quando ele chegava, só punha-se de 4 e escancarava a boca ao máximo.
Era um mijo forte, cheiroso, insuportável para uma pessoa normal.
Mas aquele cachorro era um perfeito escravo, dedicado, empenhado em agradar.
O Dono sentia desprezo, nojo, daquele ser inferior e demonstrava em seu modo de tratá-lo.
Mas, secretamente, sabia que aquilo também era uma das muitas formas de amor que existem por aí...
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Dont cry for me, Argentina
No quinto andar de um hotel, na Av Atlântica, um argentino se ajoelhava, em reverência ao seu deus-homem.
Reverência. Adoração.
Ele compreendia que estava diante de um ser desumano, incomum e, internamente, agradecia ao Universo por aquela epifania.
Um simples toque em seu corpo branco bastava para arrancar-lhe intensos gemidos.
Como presente, tapas em sua face a ponto de deixá-la rubra.
E o Negro se regozijava diante daquela cena. Tinha um prazer sinistro em ver as marcas de suas grandes mãos sobre aquele homem de estatua mediana e olhar submisso.
Finalmente, após longos anos de espera, o argentino encontrava o seu Mestre.
Era apenas o começo...
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