tag:blogger.com,1999:blog-3347458510894582932023-11-15T23:20:36.770-08:00Sodoma: Terra NegraLugar de Sexo.Heilelhttp://www.blogger.com/profile/15941021668427169394noreply@blogger.comBlogger16125truetag:blogger.com,1999:blog-334745851089458293.post-80903211750670249952011-10-15T12:35:00.000-07:002011-10-15T14:16:26.873-07:00Tenho sede.<a href="http://4.bp.blogspot.com/_qrsI883534c/TFClMShAieI/AAAAAAAAAfs/XEmpH4EU0dM/s320/dog.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 298px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_qrsI883534c/TFClMShAieI/AAAAAAAAAfs/XEmpH4EU0dM/s320/dog.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br /><br />Chegou em casa espumando de raiva. <br />Puto!<br />Seu cachorro veio, feliz, de 4 a lhe receber, para tirar os seus sapatos sujos, mas foi recebido com porradas, com chutes na barriga e socos na cara. <br />Claro que sentia, a cada golpe, um dor lancinante e não entendia o motivo daquela atitude do seu Dono. Porém, jamais ousaria reclamar ou protestar. <br />A tudo suportava, submisso e quieto. <br />Lágrimas rolavam de seus olhos castanhos, mas a sua boca permanecia trancada. <br />Sempre foi assim. Desde sempre sabia de dua missão nessa Terra: ser um merda, porra nenhuma. <br />E quando terminava de apanhar, só sabia agradecer ao seu Dono por isso.<br />O Dono, após sua sessão de pontapés e murros, arrancava de seu pescoço a gravata e a amarrava ao pescoço do seu cachorro; levava-o para matar a sede no box do banheiro. Lá, tirava o seu membro de suas calças e o enfiava na garganta do seu cão. <br />E mijava copiosamente. <br />O seu bichinho de estimação se esforçava para não desperdiçar uma gota sequer, pois valorizava tudo que provinha do seu Macho. Tinha dias em que não se permitia tomar água, ou suco, porque só mataria a sua sede com o mijo farto do seu Dono. E, quando ele chegava, só punha-se de 4 e escancarava a boca ao máximo. <br />Era um mijo forte, cheiroso, insuportável para uma pessoa normal. <br />Mas aquele cachorro era um perfeito escravo, dedicado, empenhado em agradar.<br />O Dono sentia desprezo, nojo, daquele ser inferior e demonstrava em seu modo de tratá-lo. <br />Mas, secretamente, sabia que aquilo também era uma das muitas formas de amor que existem por aí...Heilelhttp://www.blogger.com/profile/15941021668427169394noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-334745851089458293.post-74484668151403541152011-10-14T15:31:00.000-07:002011-10-15T11:53:35.975-07:00Dont cry for me, Argentina<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnlaklT_lJGcFadMOqOhXJifFFEP3AJ4O3iytw2l57d3b0Xl-Wr-hTGp7mRB6wSTbu9KvuIVl4uRAjKkWYvgj7U70OUGF25kveixDvN_3wFi5WVu3nAR-U5mJF2Yb1JG3FQf1HvYlxZPPf/s320/prometeu%5B1%5D.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 310px; height: 254px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnlaklT_lJGcFadMOqOhXJifFFEP3AJ4O3iytw2l57d3b0Xl-Wr-hTGp7mRB6wSTbu9KvuIVl4uRAjKkWYvgj7U70OUGF25kveixDvN_3wFi5WVu3nAR-U5mJF2Yb1JG3FQf1HvYlxZPPf/s320/prometeu%5B1%5D.JPG" border="0" alt="" /></a><br /><br />No quinto andar de um hotel, na Av Atlântica, um argentino se ajoelhava, em reverência ao seu deus-homem.<br />Reverência. Adoração. <br />Ele compreendia que estava diante de um ser desumano, incomum e, internamente, agradecia ao Universo por aquela epifania. <br />Um simples toque em seu corpo branco bastava para arrancar-lhe intensos gemidos. <br />Como presente, tapas em sua face a ponto de deixá-la rubra. <br />E o Negro se regozijava diante daquela cena. Tinha um prazer sinistro em ver as marcas de suas grandes mãos sobre aquele homem de estatua mediana e olhar submisso.<br />Finalmente, após longos anos de espera, o argentino encontrava o seu Mestre. <br />Era apenas o começo...Heilelhttp://www.blogger.com/profile/15941021668427169394noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-334745851089458293.post-77460014534992772512011-09-23T14:16:00.000-07:002011-09-23T15:49:18.260-07:001823<a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/23/Capitao-mato.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 286px; height: 368px;" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/23/Capitao-mato.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br /><br />Foi no ano de 1823, quando um filho do sol, de cabelos de ouro e olhos de mar, se deparou com uma cena surpreendente: um capitão-do-mato, cavalgando pela estrada.<br />Via-se ser de pouquíssimos amigos, semblante fechado, olhos duros; sentia-se o seu suor forte; viam-se seus calçados sujos. <br />Contudo, uma coisa era certa: que presença tinha.<br />Sua presença amedrontava a quem o cruzasse pela estrada, abrindo, assim, caminho entre quaisquer transeuntes desavisados. <br />Quando o alemão conseguiu desgrudar os seus belos olhos daquele Negro, pôde reparar em sua montaria e, pelo inferno, tamanho foi o seu choque: o Negro ostentava um negrino desgraçado como cavalo.<br />Nossa! Que visão!<br />O coração de Rugendas quase escapava-lhe pela boca e seu olhar encontrou o do Capitão, que lhe lançou um sorriso de escárnio. Apontou uma direção e Rugendas compreendeu que deveria segui-lo.<br />O escravo, nu, de quatro, levava o seu Capitão. Mudo de dor.<br />Cego de amor!<br />Feliz por servir àquele deus.<br />Nada mais importava no mundo, desde que seu corpo foi o assento daquela criatura, desde que seu ser o pudesse adorar. É verdade que foi arrancado do seio familiar, que já não exercia a sua autoridade em sua tribo...Porém, é verdade que ele oferecia cânticos de louvor a Providência pela oportunidade de ser feliz!<br />Que força era aquela?<br />De onde via o poder daquele Negro?<br />Passada uma hora de caminhada, surge uma senzala. O Negro ordena que o seu cavalo pare para que ele desça. Assim foi feito.<br />A primeira manifestação de "humanidade" apareceu, quando o Capitão deu de beber ao seu cavalo que tremia de dor e excitação: seus joelhos e suas mãos estavam em carne viva.<br />Mas essa tímida manifestação logo se dissipou e o Negro punha o negro amarrado dentro próximo à entrada da senzala.<br />Ao receber o convite mudo, Rugendas adentrou a senzala.<br />Foi incapaz de conter o assombro diante da cena.<br />Dentro daquele lugar parca e porcamente iluminado, estavam cerca de 13 negrinhos.<br />O piru do alemão vibrou. Mas o seu cu piscou tão intensamente que parecia que iria se desprender do corpo e se juntar aos prisioneiros.<br />Usando todo o auto-controle que conseguiu reunir, permaneceu quieto, apenas observando o Negro-mor.<br />Viu-o despir-se calmamente.<br />Que nudez!<br />Quando os 13 servos presenciaram aquela imagem divinal, começaram a cantar em voz alta.<br />Alucinados ficaram.<br />Foram soltos.<br />Estavam em frênesi aterrorizador. Subitamente, um vento quente invadiu o local e os negros começaram a gingar, e, em coro, cantar numa língua mística.<br />Rugendes estava hipnotizado, jamais vira algo parecido. <br />Enquanto tudo vibrava em torno, o Negro segurava firme o seu cajado. De tempos em tempos um servo vinha chupar a sua pica, deixando-a babada. E os louvores a Exu se intensificando...<br />Exu materializado. <br />A divindade sensual, lasciva, obscena estendia sobre todos os seu poder; e divertia-se com aquela festa. <br />Jamais se ouviu sobre uma reunião como aquela.<br />Todos se comendo, todos se lambendo. <br />Um carrosel humano, de negros, lindos, pirocudos, ligados, apenas por suas picas.<br />O alemão, trêmulo, babava. Seu desejo maior era ser negro. Filho da África.<br />Amaldiçoou seu continente, seu país frio, sua pele branca. Daria tudo para ser capacho daqueles homens.<br />Chegou um momento em que não era possível saber onde os corpos começavam ou terminavam. Todos suados, babando. <br />O cheiro de merda e de mijo reinando no ar. Todos os paus esfolados. Todas as bundas mordidas, arrombadas. Todos os corpos manchados de merda mergulhada em porra.<br />Os Orixás aceitaram o ritual estranho.<br />Eis a hora do sacrifício. <br />A um gesto de Exu, Rugendas fica de quatro e põe-se a lamber a todos os 13 negros, limpando-os do suor e do sexo. Sua lingua quase sai do corpo enquanto lambia os pés dos negros, de tanta sujeira, de tão grossos.<br />Foi a primeira vez que conheceu prazer!<br />Quando terminou, Exu convocou os lacaios e, todos, pisotearam aquele intruso imundo.<br />Os ossos daquele homem estalando, quebravam sob aqueles demônios, enquanto a sua vida se esvaia.<br />Exu subiu, quando a sua missão terminara.<br />Todos os demais amarraram-se novamente e mutuamente e esperaram a próxima alimentação.Heilelhttp://www.blogger.com/profile/15941021668427169394noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-334745851089458293.post-58439630600358783712011-09-08T14:16:00.000-07:002011-09-08T15:09:04.286-07:00O Capataz<a href="http://ocomprimido.tdvproducoes.com/wp-content/uploads/2008/01/milharal2.png"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 440px; height: 330px;" src="http://ocomprimido.tdvproducoes.com/wp-content/uploads/2008/01/milharal2.png" border="0" alt="" /></a><br /><br /><br />Um homem da terra fazia o seu trabalho, como todos os dias; e, como todos os dias surpreendia-se sendo observado de longe.<br />Sob o calor escaldante, ele trabalhava, corpo suado, brilhando e cheio de sal. <br />Mas sem parar, exceto nas horas de descanso.<br />Aquele capataz não tinha mais do que 40 anos de idade. Há quase dez anos cuidava da fazenda do Seu Gonçalves, era de confiança, mantinha o trabalho ordenado.<br />Casado, pai de 3 filhos, forte. <br />Contudo, a verdade é que, desde aquele escravo chegou se perturbou intimamente. <br />Perdeu o controle sobre si, quando o viu tomando banho. Teve de usar todo o seu controle, para que o seu pau não saltasse de suas calças.<br />Que piroca preta era aquela!<br />Um peitoral lindo, abdomen desenhado; pêlos cor de noite protegiam um membro grosso, forte; dois globos redondos pendiam do seu corpo.<br />Uma imagem desconcertante. O capataz sentiu vergonha do seu próprio corpo, pois estivera diante de Deus!<br />Fisicamente, o escravo era como os escravos tinham de ser: fortes, preparados pro trabalho ininterrupto. O mistério não estava no seu corpo.<br />Desde que chegou, o tal negro jamais abriu sua boca. Ninguém conhecia o som de sua voz. Alguns afirmavam que era surdo-mudo.<br />A realidade é que o escravizado não sentia a manor necessidade de falar; assim como não compreendia nada do que falavam.<br />Para ele, aquilo era desperdício.<br />O capataz mudou o seu sexo com a sua mulher. Não que fosse gentil na cama, mas ultimamente tornou-se mais aninalesco.<br />Imaginava-se sempre sendo enrabado pelo caralho africano, enquanto comia a boceta cabeluda da Aline. A beijava com força, porque era capaz de sentir a lingua daquele escravo explorando o seu cu apertado e virgem. Sentia prazer...sentia-se capaz de proporcionar prazer.<br />Ah! Quanto prazer!<br />12 anos de casamento se passaram e apenas agora o Orgasmo se apresentou a Aline.<br />Ela sentia-se elétrica, numa outra dimensão.<br />Um homem da terra fazia o seu trabalho, como todos os dias; e, como todos os dias surpreendia-se sendo observado, agora, bem de perto, muito perto. <br />Os olhos do negro repararam na mão que carregava um chicote pesado enquanto o seu corpo, acostumado a sofrer, preparou-se para a punição. Os demais negros, igualmente suados, mas não tão brilhantes, sentiram a tensão no ar. <br />O capataz pôs-se em frente ao escravo, o mandou largar a enxada...<br />Ouviam-se gritos, perto da plantação de milho.<br />Aquelas costas ganharam as merecidas chicotadas, o corpo se contorcia de dor.<br />Ninguém mais tinha nas mãos calejadas algo além de cacete preto.<br />Todos se rejubilaram e derramaram seu gozo sobre o corpo do capataz, que nunca mais experimentou milho...de tanto espiga que conheceu.<br /><br />O NegroHeilelhttp://www.blogger.com/profile/15941021668427169394noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-334745851089458293.post-22971534756610892402011-09-08T13:11:00.000-07:002011-09-08T14:16:17.873-07:00O Colecionador<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTfflft64fwxFqUc1kQJXp6JIZuQuMkDiUwvTSG0YhwGm7XZXynnmsv1gzBdH7Tqo1dG9BHTMiaNxZjcZqEe2WTpE7F6wFTWPH4A6im9j7TJZlUOfqtZUDCW1h9vUC-WsVWqRk_73YWKk/s1600/trabalhador_negro2.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 540px; height: 381px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTfflft64fwxFqUc1kQJXp6JIZuQuMkDiUwvTSG0YhwGm7XZXynnmsv1gzBdH7Tqo1dG9BHTMiaNxZjcZqEe2WTpE7F6wFTWPH4A6im9j7TJZlUOfqtZUDCW1h9vUC-WsVWqRk_73YWKk/s1600/trabalhador_negro2.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br /><br />Nas terras frias do norte, existiu um homem estranho.<br />Sua obsessão era colecionar. Coisas estranhas, naturalmente. <br />Era extremamente sexual, extremamente sedutor. Um belo negro de olhos diabolicamente inocentes e voz ressonante.<br />Sua presença causava a Lasciva e a Luxúria!<br />Seu poder invisível, como uma mão experiente, massageava os paus sebosos e suados tão delicadamente que deixava os machos em transe; sua presença causava arrepios nos corpos suaves das mulheres, como uma exímia linguada em sua genitália, extraindo-lhes orgasmos tais que as deixava imersas num frênesi descontrolado.<br />Para o nosso Negro, as mulheres nada mais eram do que brinquedos! Brinquedos baratos, que divertem, porém, por tempo limitado.<br />A sua atenção, disso não havia dúvidas, era direcionada para os homens.<br />Curiosamente, ele fazia separação entre os mesmos: havia a coleção branca e a coleção negra. <br />O homem negro era digno do melhor sexo, do inesquecível.<br />Ao lembrar-se do Negro, o negro afirmava com uma certa tristeza: "jamais amei tão puramente!"<br />Enxergava o homem branco como uma merda!<br />Execrava tudo que vinha do branco; isto é, o cheiro, o toque, a respiração. Mas, movido pelo impulso de colecionador, suportava todo aquele fedor.<br />Por vezes, punha-se à beira da estrada, no meio da noite, e aguardava pacientemente.<br />E lá via um. Um sorriso zombeteiro, via-se em seus lábios e poucas palavras faziam-se necessárias. Os demônios do sexo sedavam a presa do grande Negro.<br />Tudo obedecia ao ritual da carne. <br />Um som de "uhuh" e "ah, ai..."<br />O Negro metia com uma fúria desenfreada naquela bunda branca, naquele cu rosado.<br />O branquelo não resistia<br />Uma mistura de sal, de sangue, de merda, gemidos, mordidas e...PORRA!<br />Muita porra! <br />Porra branca, grossa, quente como o só o inferno pode ser.<br />O branquelo não resistia pois tinha a certeza de que sua vida era-lhe arrancada a cada estocada.<br />O Negro era um colecionador de almas!Heilelhttp://www.blogger.com/profile/15941021668427169394noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-334745851089458293.post-43939109784293583542010-04-18T17:06:00.001-07:002010-04-18T17:09:22.188-07:00Lua Vermelha<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvYrhS4-pNd7AaAOjV_E1XyuTvizozY1NjrSQXJ_4WrAkJ4UvoWueWO2Mq3Sqn0cH7xB7yPRoOU08zrCWmNW6j7PRlpbC1xOIhXR4ZLP42E96o3e6C2T5pwmTX4-LqM52mWOnNytWxu1dl/s1600/lua.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvYrhS4-pNd7AaAOjV_E1XyuTvizozY1NjrSQXJ_4WrAkJ4UvoWueWO2Mq3Sqn0cH7xB7yPRoOU08zrCWmNW6j7PRlpbC1xOIhXR4ZLP42E96o3e6C2T5pwmTX4-LqM52mWOnNytWxu1dl/s320/lua.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5461633759334627586" /></a><br /><br />Lua vermelha, deusa da noite sem luz e sem treva.<br />Luz que me guia em meio a escuridão para algum lugar além da consciência humana, tão toldada pela ganância e pela ambição...pensamentos vãos.<br />De longe, escuto o cantar de teu irmão, o mar.<br />Estou entre os céus e a terra, no porão do navio negreiro, sendo levado à terras desconhecidas por aqueles que acham que dominam o mundo, unicamente por terem a pele branca!<br />Que noite é essa, Lua vermelha?<br />Que noite estranha!<br />Lua vermelha, o que tinge tua forma com esse cor rubra?<br />No balanço das ondas, entro em harmonia contigo, Lua vermelha.<br />Quem me pariu foi o ventre dum navio, quem me ouviu foi o vento no vazio, de um ventre escuro do porão.<br />Vou baixar no teu terreiro.<br />Eita Raio, Machado e Trovão!<br />Vem, luar, brilhe sobre mim, com tua luz vermelha!<br />Ó, grande mar, molhe meu corpo, refrigera meu corpo, dá-lhe um pouco de crença num futuro de esplêndor!<br />Lua e Mar, deuses da Criação!<br />Minha pele negra, escura, esconde tua força, tua raça em mim.<br />Meu umbigo torna-se teu centro.<br />No escuro do porão, eu vejo o teu clarão, que enegrece e turba a visão de meus inimigos na carne e no espírito, Lua avermelhada.<br />Lua que menstrua sobre os homens...<br />Lua que menstrua sobre os que não são homens...Derrame teu sangue nessas costas marcadas por chicotes e sal. <br />Desoriente os homens que levam minha semente para terras de ninguém, como se minha semena fosse algum objeto feito para seu bel-prazer.<br />Oriente-nos no caminho do sangue e da glória.<br />É a guerra apocalíptica que se aproxima.<br />É a mudança das eras...<br />É a união das raças e sexos...a unificação dos homens, para a sobrevivência do Universo.Heilelhttp://www.blogger.com/profile/15941021668427169394noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-334745851089458293.post-91650969915410757112010-04-18T16:45:00.000-07:002010-04-18T17:01:17.592-07:00Freud explica?<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieTuPw4ZILFdExTRDm9uIi9WpjouAnpB0S41UGKbRRItPA-Dd2QMyx0dAZ57SabpiBO_FMeWNIzck5JLqxDtk6dHE8n0FtCW7MhjWCh0Za_sNP9u9LxdAk9TXuPd1YrWu-FobATo-0YOGJ/s1600/brun%C3%A7os.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 235px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieTuPw4ZILFdExTRDm9uIi9WpjouAnpB0S41UGKbRRItPA-Dd2QMyx0dAZ57SabpiBO_FMeWNIzck5JLqxDtk6dHE8n0FtCW7MhjWCh0Za_sNP9u9LxdAk9TXuPd1YrWu-FobATo-0YOGJ/s320/brun%C3%A7os.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5461631862540323442" /></a><br /><br />Ele acordou no meio da noite, suando frio, coração batendo forte, acelerado, mal conseguindo respirar. Teve um sonho estranho; algo realmente excepcional. Um sonho tão real quanto a cueca vermelha cor de sangue que pôs, após o banho.<br />“Como pode ser isso? É loucura!”, pensou ele.<br />No dia anterior, quando chegou a sua casa, depois de um longo e cansativo dia de trabalho no escritório, tomou um banho quente, ligou a televisão, assistou à novela das oito e ao noticiário das onze. Já havia jantado, mas, antes de deitar-se, tomou um pouco de chocolate quente com torradas e geléia de morangos.<br />Foi para o seu quarto, deitou sobre a cama de casal, ligou o seu aparelho de som moderno com 3 cds. Escolheu o disco número 2. <br />Maria Bethânia interpretava uma canção do Buarque: <br /><br />“ ...Dia ímpar, tem chocolate, <br />dia par, eu vivo de brisas.<br />Dia útil, ele me bate, <br />dia santo, ele me alisa.<br />Longe dele, eu tremo de amor, <br />na presença dele, eu me calo.<br />Eu, de dia, sou sua flor e de noite sou seu cavalo...<br />A cerveja dele é sagrada...”<br /><br />Não conseguiu terminar de ouvir a canção.<br />As lembranças de seu falecido amor, adormecidas em sua memória, voltaram. Lembrou-se da maneira que faziam amor nessa mesma cama onde se encontrava. Aquele fogo, aquele sexo umas vezes selvagem e outras doce e suave que tanto o enlouquecia.<br />Começou, sem que percebesse, a passar, vagarosamente, sua mão em seus mamilos, em sua barriga...<br />Com todas as forças que aquele desejo de sexo lhe deu, pediu aos céus e ao inferno que lhe permitissem tê-lo dentro de si por mais uma vez.<br /><br />“Que pensamento é esse, menino, ele já se foi. Não seja ridículo”, censurou-se.<br /><br />Adormeceu, quando faltavam apenas uns poucos minutos para a meia-noite. <br />Sonhou que batiam a sua porta, numa noite de chuva. Quando a abriu, para sua surpresa, viu que era o seu amado. Ficou sem ação.<br /><br />“Sentiu minha falta, querido?”, ele quis saber.<br />“Eu...eu...você...”, foi somente o que ela conseguiu balbuciar.<br /><br />Ele simplesmente o tomou nos braços, conduziu-o até o quarto, jogou-o na cama. <br />Retirou suas roupas, jogando as peças em qualquer lugar, como só ele fazia. Bejou-o, ardentemente da cabeça aos pés. <br />Encostou seus lábios nos lábios dele; encostou seu umbigo no umbigo dele... encostou seu sexo no dele.<br />Amaram-se.<br />Ele entragava-se ao outro como jamais antes, de uma maneira quase etéra. Passado um certo tempo ( mais do que eles já estiveram juntos, se amando ), ouviam-se trovões, viam-se relâmpagos.<br />Uma tempestade caia lá fora, porém, inexplicavelmente, era sobre ela que a chuva agora caia. Sobre seu corpo negro como a noite, caiam as gotas de uma certa chuva branca.<br />Quando ele alcançou o orgasmo ( o mais intenso e maravilhoso de toda a sua vida ), tornaram-se a beijar-se. Depois, ele foi ao banheiro, afirmando que necessitava se lavar. Então, ouvindo apenas o som da água do chuveiro cair no chão do seu banheiro impecavelmente limpo, entregou-se ao sono. <br />Estava exausto.<br />Mas, justamente na hora em que ele dormiu, no sonho, acordou como se tivessem gritado o seu nome no meio da noite.<br />Acordou no meio da noite, suando frio, coração batendo forte, acelerado, mas conseguindo respirar. Teve um sonho estranho. Um sonho tão real quanto a cueca vermelha cor de sangue que...já não usava. <br /><br />“Que ruído é esse?”, assustou-se, quando, depois de acalmado-se, ouviu um som vindo do banheiro: era o chuveiro que estava ligado.<br />Viu, para o seu espanto, a toalha azul que estava largada de qualquer maneira, como sempre acontecia, quando o seu falecido amor terminava o banho.<br /><br />“Há certas coisas que, nem a morte pode mudar!”, foi o que se pegou pensando, enquanto uma pequena garoa caia lá fora.Heilelhttp://www.blogger.com/profile/15941021668427169394noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-334745851089458293.post-90822126904240757162010-04-18T16:32:00.000-07:002010-04-18T16:37:47.953-07:00Coesão<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXALmN0SJiHfqqs3aF6BULjvd8pzHO5z9FBxpzI3hhH_dYBXNbC2IkvN64OCGrCzoZ2nJaW2PL1pK9T-KTnvKFt9CumXUf8YEInCGg_02oA1Zl_noa3Jw6lClMF5477kHaOtqCzsHHhgv_/s1600/Coesao.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 243px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXALmN0SJiHfqqs3aF6BULjvd8pzHO5z9FBxpzI3hhH_dYBXNbC2IkvN64OCGrCzoZ2nJaW2PL1pK9T-KTnvKFt9CumXUf8YEInCGg_02oA1Zl_noa3Jw6lClMF5477kHaOtqCzsHHhgv_/s320/Coesao.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5461625602312040146" /></a><br /><br />Depois de um longo dia de serviço, <br />no final de um sábado, <br />pelos lados do Aterro do Flamengo, <br />surge o deus Sol colorindo o horizonte, com a cor rubra da paixão e do pecado da carne,<br />o mundo que, até então, era acinzentado.<br />Até então, tudo ao meu redor era cor de nada, <br />tudo cheirava a nada, <br />tudo fedia a nada.<br />Só monotonia.<br />Ele, o deus Sol, chega, abrasando-se, irradiando todo o seu calor, <br />toda a sua força esplêndida, <br />toda a sua mágica, <br />toda a sua feitiçaria divino-humana.<br />Ah, quanto desejo!<br />Ah, quão doce a sua vinda!<br />E tudo se tornou novo e inédito.<br />Por volta das 19hs, <br />no fim de um dia de sábado, <br />depois de muitas horas de serviço, <br />ele surge, o Sol.<br />Lá, no apartamento da rua Marquês de Abrantes, ponho-me a mirá-lo, <br />a observá-lo, a imaginá-lo na sua mais sublime forma:<br />Nu.<br />Aí, ele me olha e sinto, no seu olhar, a malícia,<br />o pedido mudo que os seus olhos incandecentes lançam sobre mim, <br />como lava sobre a terra;<br />me abraça,<br />esfrega o seu corpo iluminado no meu,<br />me beija, <br />me revela, <br />me desnuda, <br />me suga, <br />me sorve, <br />me chupa, <br />me seca, <br />me molha...<br />Quanta ação!<br />Ele me quer,<br />está sedento por mim: posso senti-lo<br />Ah, bendito!<br />E ele vem, se aproxima, se chega,<br />e o meu corpo negro se eriça, <br />se arrepia e o meu sexo lateja.<br />Chega a pulsar, como o meu coração...<br />Bum, bum, bum...<br />Ah, maldito!<br />E ele vem.<br />Me agarra, <br />me beija ,<br />me sarra, <br />me lambe, <br />me suga, <br />me sorve, <br />me chupa...<br />Um completo rito amoroso, entre o humano e o imortal.<br />Ele, como somente ele sabe fazer, <br />me lava na banheira<br />me cozinha na cozinha, <br />me prepara na sala...<br />me come no quarto.<br />E como come!<br />Pede-me lincença para entrar e eu lhe dou.<br />E ele entra devagar, assim como se nada quisesse,<br />vem de mansinho, de forma inócua,<br />e cada centímetro do meu ser sente a sua força,<br />o seu domínio, o seu calor.<br />Desejo mais, mais, mais, mais...<br />Deixa o meu ser, cansado, <br />amassado.<br />E ele sua, e nós suamos.<br />Aí, ele, o deus Sol, esparge sobre mim a sua tempestade branca;<br />enquanto o seu corpo místico estremece;<br />enquanto eu me ardo, <br />e me queimo na cama!<br />Que dor!<br />Contudo, agora, <br />o meu bem foi-se embora,<br />e foi para voltar nunca mais.<br />Passou o tempo e já não o posso contemplar,<br />pois o movimento giratório da Terra ,<br />que não pára um segundo, <br />mudou as nossas vidas e levou-o para outra terra...Outro céu.<br />Contudo, permaneço aqui, sozinho desde aquele dia trágico, <br />sem a sua luz, sem o seu fogo...sem o seu amor.<br />No final desse dia, <br />vejo a Lua aparecer entre as nuvens frias do céu.<br />Tudo ao meu redor cheira a nada ,<br />e a nada fede: só monotonia e repetição.<br />Os meus dias voltaram à sua normalidade cinza, <br />o meu corpo retoma a sua frieza...<br />Somente o meu coração ainda guarda o calor daquele amor.Heilelhttp://www.blogger.com/profile/15941021668427169394noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-334745851089458293.post-88162387553121447652010-04-11T17:58:00.000-07:002010-04-12T05:54:08.660-07:00A Recompensa<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfeYIg3mheE-2RW965KYni6l2waaYmVKouDKBWsv6nMrHh0g4JEH7JQ8MT70LO9qRAND42YFrTi9jAz3004ligBDAgN5hUiOBuoMC4G-g2y-2cIY7H5q2W-8dLp6Fk-Q2l5R15lZS1-iwR/s1600/doce_chocolate.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 297px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfeYIg3mheE-2RW965KYni6l2waaYmVKouDKBWsv6nMrHh0g4JEH7JQ8MT70LO9qRAND42YFrTi9jAz3004ligBDAgN5hUiOBuoMC4G-g2y-2cIY7H5q2W-8dLp6Fk-Q2l5R15lZS1-iwR/s320/doce_chocolate.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5459067505493771330" /></a><br /><br /><br /><br />Todo santo dia, para aquele rapaz, é uma surpresa.<br />Espera, com ansiosidade, o seu Macho voltar para casa, após um dia de trabalho.<br />Prepara o jantar, faz o suco que ele tanto gosta, escolhe um dos discos de sua cantora preferida. <br />Debaixo do chuveiro, imagina mil maneiras de sedução, mil palavras obscenas que o seu Negro, talvez, possa proferir e isso o deixa excitado.<br />A água fria dança pelo seu corpo, enquanto ele acaricia o seu peito, sua virilha, bunda.<br />Pega um sabonete neutro e, com delicadeza, higieniza o seu cu rosado, deixando-o bonito e cheiroso como o seu Preto manda.<br />Acaba-se o banho; é hora de enxugar-se, vestir-se, pois o Macho se aproxima de casa. <br /><br />Durante o dia, mal pode suportar a hora que se arrasta, porque deseja ardentemente o corpo e o calor do seu Homem. <br />Mas, quando a noite toma o lugar do dia, ele sua frio, se inquieta.<br />Longe dele, ele treme de amor.<br />Na presença dele, se cala.<br /><br />Sua alma não é mais sua: o Negro é o seu Dono e faz o que bem entende daquele homem.<br />Ri abertamente das declarações de amor que o outro faz, das paixões que o outro demonstra.<br />De dia, o Negro o trata como se fosse uma flor frágil, lhe dispensa os seus abraços, o calor do seu corpo...<br />De noite, a mão que acariciou lhe dá tapas na cara, quando o outro não chupa o seu pau direito, nem rápido, nem devagar.<br />Monta sobre o outro, como se esse fosse o seu cavalo doméstico e enfia o seu caralho sem pena, sem pudor, fazendo o seu passivo suar, deixando o seu cu rosa em brasas, ardendo de prazer e de agonia.<br /><br />O Negro chega em casa.<br />O branco, mais que depressa, põe-se de pé, cabeça baixa, mostrando servidão.<br /><br />"Boa-noite, Macho!"<br />Silêncio.<br />"Preparei o teu prato predileto e fiz um suco pra refrescar..."<br />Após um breve silêncio...<br />"Jogue no vaso, não mandei fazer suco. Traga minha cerveja!"<br /><br />O outro sente-se humilhado, vê todo o seu empenho ser desprezado. Contudo, sabe que, no fundo, o Negro apreciou os seus esforços.<br />Apanha uma lata de Tutankhagen Brew, procura o melhor o seu melhor copo e serve ao seu Dono. <br />O Negro, já acomodado sobre o sofá, camisa desabotoada, só observa e se delicia ao ver o quanto domina aquele outro.<br /><br />"Vem até aqui!"<br /><br />E ele vem, cabeça baixa, e se ajoelha.<br /><br />"Sabe o que deve fazer."<br /><br />Sim, ele sabe.<br />Como um vira-latas, lambe os pés do Negro, com tanta devoção e respeito.<br />O Negro se diverte.<br />Após um instante, um Kopenhagen cai ...<br /><br />"Obrigado, meu Senhor.<br />Não mereço tanto, mas obrigado!"Heilelhttp://www.blogger.com/profile/15941021668427169394noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-334745851089458293.post-34939718036493749032010-03-26T20:22:00.001-07:002010-03-27T07:31:20.666-07:00Ensaboa, mulata<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHhBvJpSsAo2ontBQaWeyTr9opJ6erSfkIzLEehd2Zs_G1OuGiFr6EZ5dPvBTQqbTWIrMrZdUPnzU5BIIrh8uRq0fKmg5qa0YLelmVxkrDYL2PYVfUbOu-FA91PFoSFziO9I2gbWvDAEdh/s1600/SAM_2751.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHhBvJpSsAo2ontBQaWeyTr9opJ6erSfkIzLEehd2Zs_G1OuGiFr6EZ5dPvBTQqbTWIrMrZdUPnzU5BIIrh8uRq0fKmg5qa0YLelmVxkrDYL2PYVfUbOu-FA91PFoSFziO9I2gbWvDAEdh/s320/SAM_2751.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5453149146750095954" /></a><br /><br />"Ensaboa, mulata, ensaboa. Ensaboa.<br />Tô ensaboando..."<br /><br />As águas que passam e perpassam pelo que me é físico<br />espero que tenham a bondade de limpar-me do teu cheiro, suor e digitais!<br /><br />"Ensaboa, mulata, ensaboa..."Heilelhttp://www.blogger.com/profile/15941021668427169394noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-334745851089458293.post-82689461698153278152010-03-26T18:48:00.000-07:002010-03-27T07:58:43.923-07:00O Estigma<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkgJQT6gkEkuVFLlwmmmTaFRq_o8NJVd9He4dn1Gh_7LLE9IdZsJMDXzlhYM-OiPwj7yysrqAiM9x20EaX046rpuVDMysWO0wzFzvt3lyQ0fhx0ih7SjWdeLl-Og9vpFFkdnYV9d6qFgBk/s1600/exu.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 212px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkgJQT6gkEkuVFLlwmmmTaFRq_o8NJVd9He4dn1Gh_7LLE9IdZsJMDXzlhYM-OiPwj7yysrqAiM9x20EaX046rpuVDMysWO0wzFzvt3lyQ0fhx0ih7SjWdeLl-Og9vpFFkdnYV9d6qFgBk/s320/exu.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5453327894490005698" /></a><br /><br />Aquele negro era maldito, e sabia disso. <br />Fazia questão de jamais se esquecer de sua condição: Ele carregava um dos 7 Pecados.<br />Nasceu Negro, sob um teto de Negros, aprendeu a língua Negra, se alimentou do angu e da farofa, jogou Capoeira; cultuou as Divindades, Santos e Orixás, raspou sua cabeça Negra, foi possuido no grande Terreiro. <br />"Zin fio, é de Keto", lhe sentenciou um velho caboclo na Ciranda. <br />-Moço, moço - uma mulher chama, temente - apague essa candeia. Deixe tudo no breu, porque é a hora do Ponto!<br /><br />Okê arô!<br />Okê arô okê!<br /><br />Entoavam os pretos, rodando na Ciranda.<br />Em instantes, os homens e as mulheres despojaram-se de sua condição humana e tornaram-se Cavalos, prontos para serem "montados" por suas entidades.<br />Era a hora da união plena do Maldito com o seu Senhor; momento da comunhão, pela qual tão ansiava. <br /><br />Acabada a festa, os caboclos, pretos-velhos e orixás subiram.<br />Só restou um: O Dono do Negro marcado.<br />E era um Exu sedento por carne humana, amante do suor dos homens.<br />E naquela noite resolveu saciar os seus desejos mais promíscuos, mais abomináveis em relação aos homens.<br />Chamou um dos ogans do barracão, o qual veio sem hesitar.<br />Quando a porta do cômodo se fechou, não houve mais necessidade de falar: os olhos disseram tudo.<br /><br />O coração acelerado não se fazia de rogado, o tesão corria pelo corpo como uma descarga elétrica e pênis, virtualmente ereto, se livrara dos panos e já começava a molhá-los, lubrificando-os.<br /><br />O jovem Ogã desejava ser possuido por Exu, sentir a força de sua energia, o peso daquele corpo sobre o seu. Por isso, subjugou-se tão facilmente, tão subservientemente se abandonou ali.<br /><br />Ajoelhou-se, quando viu o pau preto do homem a quem Exu possuira, chegando a salivar tão belo era o falo.<br /><br />Preto.<br />Grosso.<br />Ponta vermelha como o fogo do inferno.<br />Saco grande.<br /><br />Jamais vira um como aquele.<br />Aquele pau era tão naturalmente especial ou a presença da entidade lhe aumentava o valor?<br /><br />Chupou muito aquele mastro, deixou molhado. <br />Entrou em transe espiritual, pois cada gota que surgia naquele piru lhe caia como alucinógeno.<br />Depois de chupar, lamber e de cheirar tudo o que pôde, Exu lhe mandou virar-se, e colocar-se como um bicho.<br />Ogã obedeceu.<br /><br />Exu sorriu, maldosamente.<br />Aquele sorriso frio e calculista de alguém que está no controle.<br /><br />Passados segundos, o fez deitar-se sobre o sofá, levantou-lhe as pernas e ...<br />O grito não pôde ser contido!<br />Era como se um ferro em brasa penetrasse aquele cu raspado!<br /><br />Quem se encontrava nos cômodos vizinhos não teve como fingir que não ouviu.<br />Mas nenhuma alma ousou falar sobre isso, pois sabiam todos que Exu reinava ali, que aquele menino era a presa do dia.<br /><br />Aquela bunda estava suada e aquele cu mais que molhado, à espera da penetração. <br />Mas não contava que seria tão infernalmente quente o pau daquele Ser.<br /><br />Quando o pau encostou no cu do Ogã, seu espírito foi arrastado com uma força descomunal a um lugar desconhecido entre o espaço e a ausência do mesmo e foi como se nada mais se movesse no Universo, exceto aquele negro debruçado sobre o seu corpo nu. <br />Ele não era nada, além de comida. Exu o comia com tanta força, com tanta selvageria, com tanta sede, que seu sangue derramava-se pelo sofá. Mas a dor sumira da terra, naquele instante.<br />O grito era puramente prazer!<br />Um prazer tal qual nenhum outro homem seria capaz de proporcionar...<br /><br />Exu subiu!<br /><br />Okê arô!<br /><br />A maldição daquele Negro, acredito, que já esteja clara.Heilelhttp://www.blogger.com/profile/15941021668427169394noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-334745851089458293.post-38686378919425898242010-03-06T20:39:00.000-08:002010-03-07T10:12:43.767-08:00Ainda sou o Rei<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhM-89ACnCRCtr1e1rm6TAK6HDtMOuIV8Sly3pxgujQ7TGcinfuVsNPTiDQAz7K0x7kpyYPMiEZAGw3R1d3Aagq5EIMb-qVzhTrkgjXjdR9KrLqreIgkQJ7LGb_1tenf2_80psWCrcFGLmc/s1600-h/nnn.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhM-89ACnCRCtr1e1rm6TAK6HDtMOuIV8Sly3pxgujQ7TGcinfuVsNPTiDQAz7K0x7kpyYPMiEZAGw3R1d3Aagq5EIMb-qVzhTrkgjXjdR9KrLqreIgkQJ7LGb_1tenf2_80psWCrcFGLmc/s320/nnn.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5445770808686132738" /></a><br /><br />O Negro resolveu passear pela sua propriedade, para constatar, atravém dos próprios olhos, a veracidade do que lhe disseram: A sua terra estava morrendo.<br />Quando vieram com essa má notícia, ele resistiu, não deu ouvidos; afinal, a sua terra era fértil, frutífera, abundante.<br />Muitos desfrutaram dela, comendo dos seus frutos, fartando-se como bem entendiam.<br />Negros, pardos e morenos, daqui e de acolá a conheceram, experimentaram.<br />E ela nunca falhou.<br />Jamais.<br />O Negro a adquiriu há quase 6 meses atrás e, após 3 meses de estudos e comparações, a escolheu para ser sua. <br />Não se arrependeu em instante algum de sua decisão, desde então.<br />Obviamente, houve momentos em que teve a impressão de ter feito a escolha errada, de ter sido um pouco precipitado, mas tais momentos sempre foram curtos e um simples passeio com os olhos era suficiente para espantar tais pensamentos de si.<br />Jamais aceitou a idéia de dividir sua terra com alguém, pois ele, somente ele, deveria ser o Dono absoluto. Sempre.<br /><br />Não nasceu para dividir as suas coisas, seu senso de posse era tamanho.<br />Por 3 vezes, permitiu que estranhos a conhecessem:<br />Na primeira ocasião, veio 1 rapaz das terras mageenses ; o qual almoçou em sua companhia, pousou para fotos que alimentaram o seu ego e, após o Negro se afastar de propósito, brincou em sua terra. <br />Esse, quase O comeu.<br />Na segunda ocasião, o próprio Negro convidou um estranho para um passeio; o qual não quis almoçar, apenas matou a sede com dois ou três copos d'água, tamanha era o seu interesse em comer a terra, que o chupou com a maestria e a experiência que os anos lhe deram.<br />Esse, o comeu. <br />E comeu com gosto, com força, deixando o seu suor por toda a parte.<br />A terra não parecia estar totalmente entregue àquele ritual, contudo, o fez, o aceitou, porque o seu Dono havia determinado.<br />Enfim, a derradeira experiência.<br />Dois estranhos chegaram e chamaram pelo Negro nas primeiras horas da manhã.<br />Queriam muito se divertir naquele solo branco. Enfim, todos foram apresentados e gostaram do que viram.<br />O Negro os deixou à vontade, lhes concedeu ampla liberdade e, por uns instantes, agiu como se os dois fossem seus sócios.<br />Beijaram a terra, lamberam-na.<br />Foram lambidos e chupados por ela.<br />Comeram-na. <br />Se lambusaram ali, fartaram-se sem vergonha ou tímidez.<br />Usaram um certo ópio, que os excitou ainda mais.<br />Uma orgia, um bacanal, tal qual os das antigas Grécia e Roma.<br />Doces e Amargos tempos...<br /><br />Agora, eis ali o Negro, com passos lentos e olhar distante, se perdendo em várias teorias na tentativa ( até agora vã ) de explicar essa escassez súbita.<br />A sua terra, simplesmente, não lhe dá alimento há dias.<br />Está fria, seca, sem razão aparente.<br />O que acontece?<br />O que faz a sua propriedade tão jovem, com apenas 31 anos se perturbar dessa maneira?<br />Sua terra adoeceu?<br />Secou?<br />Será que o jovem Negro perdeu o espaço?<br />Ele o ama, é verdade. Mas precisa comer.<br />Tem fome. <br />Se acostumou a comer várias vezes na semana, a brincar com a sua terra todos os dias e vê-la, quase que diariamente, jorrando o leite que ele aprecia tanto...que tanto o excita.<br /><br />Outras terras começam a chamar, a gritar, por sua atenção e, até esse instante, o Negro não lhes deu atenção. Por mais belas e aparentemente ricas e fartas que pareçam, ainda, estão muito aquém do mínimo para atrair toda a sua atenção e todo o seu desejo de posse.<br />De dia a esperança...de tarde a frustração.<br /><br />A hora de migrar finalmente veio?<br />Não sei, não sei.<br />Mas uma coisa é certa: o solo branco ainda tem o cheiro do mijo do Negro, ainda tem, visíveis, as gotas de sua porra grossa.<br /><br />E isso só tem um significado: O Negro ainda é o Dono dessa merda!Heilelhttp://www.blogger.com/profile/15941021668427169394noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-334745851089458293.post-27173212184742857622010-03-05T09:46:00.000-08:002010-03-05T09:51:40.493-08:00O Cetro do REI<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeTZB9KB8IfZGPSWAsD8SziqF69JkY8gmy9XsDaFhWWobd3Uj-88d9z_dkDa3TSjlUh1w4SwPb9nZ40G4T-e1-eZDs8WYI0S1-O0f6ONJnd2Cyhk3X6-2dJwCJTj4kExyso-6i5ERA9JvB/s1600-h/SAM_0397.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeTZB9KB8IfZGPSWAsD8SziqF69JkY8gmy9XsDaFhWWobd3Uj-88d9z_dkDa3TSjlUh1w4SwPb9nZ40G4T-e1-eZDs8WYI0S1-O0f6ONJnd2Cyhk3X6-2dJwCJTj4kExyso-6i5ERA9JvB/s320/SAM_0397.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5445208131462087682" /></a><br /><br /><br />"E o Cetro do Rei regerá aos de alma servil. <br />Todos se prostrarão aos seus pés e beberão o líquido que dele jorrar...", liam-se as palavras da profecia antiga.<br />Todos os que ouviram gritaram em uníssono: "Amém!".Heilelhttp://www.blogger.com/profile/15941021668427169394noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-334745851089458293.post-42188382177122150402010-02-13T13:19:00.000-08:002010-02-13T14:32:19.543-08:00A Porra...O Mijo<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtsO8E_RYwQjIbvnxJ78X1FLOULPOpZxbISjK1Yz-3NODL11X_aCWsg9YQq5lRwkIs6PVsMnLWCM1gCTWQtlZcM7xR0d8omnu4-vohbYFcv2GDp7t7xkXysmmtOEMHaxgiD5nxZ9J6JDSx/s1600-h/SAM_0407.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtsO8E_RYwQjIbvnxJ78X1FLOULPOpZxbISjK1Yz-3NODL11X_aCWsg9YQq5lRwkIs6PVsMnLWCM1gCTWQtlZcM7xR0d8omnu4-vohbYFcv2GDp7t7xkXysmmtOEMHaxgiD5nxZ9J6JDSx/s320/SAM_0407.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5437859341010084562" /></a><br /><br /><br /><br />Existe um ser nessas terras, criatura das terras das sombras, <br />que vaga descalço pelas ruas, vielas e becos dos corpos humanos.<br />Um jovem negro, de corpo e de alma negros.<br />Em sua alma só há treva e perturbação.<br />Mas uma coisa é certa: veio para reinar nessa terra e subjugar os de espírito servil.<br />Escravos, escravos...<br />Vermes que rastejam e imploram pelo seu asco.<br />Cachorros imundos e sujos que fazem do suor do seu corpo o elemento de vida;<br />que fazem do seu sexo o caminho do horror e do êxtase.<br />Servos sedentos de seu leite concentrado.<br />E jorra, jorra...<br />Jatos saem do seu sexo rígido em direção aos seus.<br />Ah, que prazer lhe dá ao ver o quão ansiosamente esperam eles para ser molhados, para beber o líquido de vida.<br />O gozo vem e vai...<br />Fica uma bexiga cheia de mijo.<br />"Alguém terá de recebê-lo!", ele pensa.<br />"Você, abra a boca!", ordena.<br />O outro faz cara de espanto, mas sabe que não tem escolha: terá de obedecer às ordens do Macho.<br />Shhhiii...shhhiii....<br />Outrora uma boca com dentes bem tratados; agora não passa de um pinico ambulante.<br />"Engula tudo!"<br />E o Negro se satisfaz, e até acha graça, naquela careta do passivo a sua frente, se esforçando para ingerir cada gota daquela bebida quente, de cheiro forte.<br />Suja.Heilelhttp://www.blogger.com/profile/15941021668427169394noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-334745851089458293.post-43393508370813896612010-02-09T14:22:00.000-08:002010-02-09T14:35:31.152-08:00Revelação<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH_bXv7DZv0B5WleghxVBSfdOyIDlBgFN43JMVRQzpAl4p1TJZjmg7ae0LNNgDWOfJRkDOIlTeAuHhjYy6hkc3to1gNLPvGEpWnmCa_MnAj9iZkrIhzKPhUJjyhLx7t6AswUVDqGrmzQuG/s1600-h/img03.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 234px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH_bXv7DZv0B5WleghxVBSfdOyIDlBgFN43JMVRQzpAl4p1TJZjmg7ae0LNNgDWOfJRkDOIlTeAuHhjYy6hkc3to1gNLPvGEpWnmCa_MnAj9iZkrIhzKPhUJjyhLx7t6AswUVDqGrmzQuG/s320/img03.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5436375940813705826" /></a><br /><br /><br /><br /> Eu gosto da imagem que o espelho reflete, quando ponho-me a mirá-lo.<br /> Eu gosto do que sai de mim, e, mesmo assim, permanece onde está.<br /> Eu gosto do entra no que sai de mim, e, mesmo assim, permanece onde está.<br /> Eu gosto do Sol, pois ele, somente ele, tem o poder de me deixar-me em brasa, quando levanta-se sobre nós.<br /> Eu gosto de ir atrás.<br /> Eu gosto de gosto de alguém, que, de uma certa forma, sou eu.<br /> Eu gosto de gostar do que gosto: me dá prazer, me desperta desejos.<br /> Eu gosto de gostar do que gosto.Heilelhttp://www.blogger.com/profile/15941021668427169394noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-334745851089458293.post-72140436848564070192010-02-08T10:01:00.000-08:002010-02-08T10:09:42.912-08:00O Anjo Remido<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOtTUEVBn1fFI2wMLMHQHEr2c0mRmoLOKz3zbSO75JYLDYa4MhUrEmGkBTz_em0V0JReJorhx8a1Nf59a5eaFSh9V7izPJ8eqSLvXe_JPdfuZx5CtvXjImRh5x3kEjJQH1ls0XSdLKeW31/s1600-h/Anjo.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5435936364565848642" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 258px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOtTUEVBn1fFI2wMLMHQHEr2c0mRmoLOKz3zbSO75JYLDYa4MhUrEmGkBTz_em0V0JReJorhx8a1Nf59a5eaFSh9V7izPJ8eqSLvXe_JPdfuZx5CtvXjImRh5x3kEjJQH1ls0XSdLKeW31/s320/Anjo.bmp" border="0" /></a><br /><div></div><br /><div align="center"></div><br /><div></div><br /><div>Era um anjo belo, invejado pelos demais anjos por sua beleza, por sua intensa luz.</div><br /><div>Mas sentia-se infeliz, sentia-se só, ainda que cercado por uma incontável multidão, até que aquele Ser surgiu entre os imortais.</div><br /><div>Ninguém sabia de onde viera, quem o criara, ou qual era o seu objetivo.</div><br /><div>Apenas surgira.</div><br /><div>Era um Ser Negro.</div><br /><div>Era um Ser negro, com uma alma escura, de olhos sábios, andar silencioso e poucas palavras.Mas a sua força, o seu poder, eram tão perceptíveis...quase tangíveis.</div><br /><div>"Ele é o meu Destino", pensou o Anjo. </div><br /><div>Não havia mais seres, angelicais ou não, que existissem nos céus e no mundo dos mortos.Só havia aquele Ser negro.</div><br /><div>O Negro ergueu o seu olhar ao alto, onde residia o anjo branco, e, apenas com os seus olhos ordenou: "Desça, Anjo iluminado, far-te-ei conhecer os meus Infernos!"Ao peso daquele olhar, tremeu o anjo branco.</div><br /><div>Tremeu, suou, e rezou ao seu criador para lhe dar forças, para ajudar-lhe a resistir ao inimigo de sua alma...que, inexoravelmente, também era o amigo de sua alma. O ser que lhe daria a vida sonhada desde o gênesis de sua existência.Mas o seu criador não lhe atendeu (talvez por não desejar atendê-lo). Seria para isso que o criara? Para entregar o seu Anjo ao poder demoníaco daquele Ser negro.O tempo passou e a força magnética aumentava.</div><br /><div>Era cada vez mais irresistível a voz grave e infernalmente deliciosa daquela criatura.</div><br /><div>"Venha para mim...te espero em minhas recâmaras..."</div><br /><div>Num belo dia quando o Criador dormia, o Anjo abriu as portas celestiais e desceu...desceu...desceu...Encontrou-se com o seu Dono, com o Senhor de seus suspiros, na terra.</div><br /><div>Houve o sexo mais terrível de todos os tempos.</div><br /><div>Houve dor, sangue, humilhação e prazer como jamais se viram iguais.</div><br /><div>A terra estremeceu, tamanha a força dos seres imortais.</div><br /><div>Sim, sangue jorrou, pois os espíritos só recebem permissão para pisarem aqui se lhes forem criados corpos ( ainda que provisórios). Era uma transa (des)humana, angelico-demoníaca que se abateu sobre o planeta que desestruturou os alicerces fundados desde o "no príncipio, criou Deus os céus e a terra..."</div><br /><div>A grande hora chegou: a hora do clímax.</div><br /><div>Que clímax!</div><br /><div>Ouviam-se os urros, os grunhidos; e foi tão forte ,tão intenso que o mar se agitou e o sol escureceu...Só houve morte.</div><br /><div>O Negro pegou a coleira, prendeu-a ao pescoço do anjo branco e mandou-lhe declamar o Juramento Eterno.Acabando o juramento, levou para o seu lar de fogo.Onde mantem o Iluminado eternamente cativo por seu poder e por seu sexo.Ali, prostrado como bicho, humilhado e amarrado como nada, aquele Anjo experimentou pela primeira vez a verdade da palavra REDENÇÃO.</div><br /><div></div>Heilelhttp://www.blogger.com/profile/15941021668427169394noreply@blogger.com0